Quando fazia o Caminho Inglês rumo a Santiago, cheguei a este hotel sem reserva prévia. Fica bastante afastado do ‘caminho’ mas pareceu-me interessante uma localização mais próxima da ria. Fica numa zona moderna, sem encanto especial, mas efectivamente a ria está perto. Fui atendido na recepção por uma senhora, julgo que tinha um sotaque argentino (mas posso estar errado). O preço que me tinha dado para o quarto, individual, uma só noite, era semelhante ao que aparecia na app da ***********. Posto isto, e não tendo qualquer interesse particular, fosse no hotel, fosse na plataforma de reservas, optei por, ali mesmo, fazer uma reserva na *********** Acreditei que era do meu interesse por acumular pontos para o programa de fidelização e descontos futuros e, porque tive um pressentimento, porque estaria mais ‘protegido’. Quando a senhora na recepção se apercebeu de que eu fizera a reserva, na hora, via ***********, ficou possessa. Começou a murmurar que era inacreditável, indecente, inexplicável, etc. etc. Expliquei-lhe as minhas razões. Então, num sobressalto, informou-me de que fosse como fosse eu não ficaria ‘no hotel dela’. Ligou para a *********** e à minha frente, disse-lhes que a reserva, que lhe tinha chegado pelo sistema informático, não tinha cabimento, que de facto só tinha um quarto triplo/quadruplo disponível, para o qual citou uma tarifa muito superior e pressionou-os para cancelar a reserva. Naturalmente isso era mentiura, também porque quando cheguei me deu várias opções de quarto a escolher – sim tinha outros quartos disponíveis (!) e não, não se tratava dum qualquer overbooking (!), era a raiva desta hoteleira contra o cliente optou por utilizar a plataforma de reservas que lhe pareceu mais interessante. Encurtando a história. *********** permitiu o cancelamento e não protegeu o seu cliente! Telefonou-me pouco depois a propor um outro alojamento um pouco mais caro. Em mais de duas décadas de viagens pelo mundo, auditando unidades hoteleiras e dando formação sobre ‘atenção ao cliente’ nunca encontrei uma situação semelhante. Seguramente, desde agora, será parte integrante dos meus cursos. Vale a pena pensar que tipo de conceito de hospitalidade, de profissionalismo enquanto hoteleiro, de postura enquanto cidadã, se pode por vezes encontrar no atendimento ao público num estabelecimento hoteleiro. Depois de um dia inteiro caminhando, feliz por não ter chovido, saí para a rua a procurar uma alternativa (não, não aceitei a proposta da ***********)… foi nessa altura que os céus se abriram e começou a chover como se viesse o dilúvio. Se o objectivo não for estudar o (mau) atendimento em hotelaria, é melhor evitar o lugar. E atenção que as plataformas electrónicas de reservas hoteleiras não protegem o cliente. Apenas cobram a comissão do hotel.
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